Galeria de fotos: cidades pelo mundo que adaptaram a mobilidade à pandemia
Confira a transformação de vias e espaços públicos em vários países

Menos carros individuais e maior movimentação de pessoas e bicicletas foram alguns dos efeitos causados pelo lockdown e que vêm influenciando tanto o desenho como o uso dos espaços urbanos. Confira algumas das cidades que aproveitaram o momento para colocar em curso experiências ou mudanças permanentes para a mobilidade.
Berlim
A tensão no país do automóvel cresce na medida em que as ciclovias ganham espaços antes destinados aos veículos individuais. Políticos conservadores e representantes da gigantesca indústria automobilística alemã questionam tais incentivos, mas não chegam a impedir a expansão das rotas cicláveis. Em Berlim foram implantados 27 quilômetros de “pop-up-Radwege”, ciclovias provisórias em 14 trechos distintos. Novas zonas exclusivas para pedestres foram ampliadas em vias importantes como a Friedrichstrasse (foto acima).
Milão
Com o programa Strade Aperte, Milão se consagrou com um dos esquemas mais ambiciosos por uma mobilidade mais ativa, segura e sustentável em tempos de pandemia. O plano incluiu 35 km de ciclovias temporárias, ampliação de calçadas, restrições de velocidade para 30 km/h e ruas prioritárias para pedestres e ciclistas.
Bogotá
Apesar de já contar com uma malha de ciclovias de mais de 550km, Bogotá conseguiu se superar. A capital colombiana criou mais 100 km de ciclovias temporárias, consolidando-se como uma das maiores redes cicláveis do planeta. Para ampliar o potencial do sistema, a prefeitura investe na integração dessas vidas às plataformas de transporte público multimodal e em treinamentos para os usuários, buscando consolidar a bicicleta como meio de locomoção onipresente, que permaneça garantindo a realização de 67% das viagens por modos sustentáveis.
Bruxelas
Na capital da Bélgica, a velocidade dos veículos que transitam pelo centro foi limitada a 20km/h, com prioridade oferecida a ciclistas e pedestres. Os 130 km de ciclovia foram acrescidos de mais 40 km provisórios. Esse cenário receptivo permitiu que o número de usuários de bicicleta subisse em 40% durante a pandemia.
Paris
Desde 2014, Paris vem transformando sua relação com a mobilidade. Muito se deve à gestão da prefeita Anne Hidalgo, reeleita durante a pandemia. Seu manifesto Ville Du Quart D’Heure (Cidade em 15 minutos) promete facilidades e serviços a 15 minutos a pé ou de bicicleta, incentivando parisienses a aderirem à mobilidade ativa. A cidade, que já contava conta com 700 km de ciclovias, construiu mais 50 km temporários, ocupando os tradicionais vagas de estacionamento em vias públicas.
Buenos Aires
Diante da pandemia, Buenos Aires otimizou a mobilidade urbana de várias maneiras. O espaço para passagem foi ampliado ao longo de 12 km de calçadas localizadas em áreas comerciais da cidade, através de pinturas no asfalto. Já o sistema de bicicletas compartilhadas, o EcoBici, atingiu 200 estações e 2.000 bicicletas. Outra novidade foram os 45 km de ciclovias temporárias, que se somaram aos 230 . Foram criadas ainda nove zonas de circulação exclusiva para pedestres nas centralidades dos bairros, estimulando os percursos a pé.